Requião mente ao fazer afirmações sobre investimento ferroviário no Paraná


Matéria da Agência Estadual de Notícias, divulgada no dia 07/02/2007 contradiz informações divulgadas na última terça-feira pelo Governador Roberto Requião
Paraná quer incluir trecho ferroviário no PAC - 07/02/2007 19:30
Representantes de órgãos públicos, sociedade civil organizada e entidades ligadas à produção e logística de transporte definiram nesta quarta-feira (7) a melhor alternativa para cobrar do governo federal a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento da construção de uma ferrovia ligando Guarapuava à Lapa. O trecho ferroviário, de pouco mais de 220 quilômetros, vai integrar o Corredor Oeste e reduzir em até quatro vezes o custo do deslocamento de cargas até o Porto de Paranaguá, segundo estudo da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
No encontro ficou definida a composição do grupo, que vai elaborar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando o atendimento do pleito. O documento será entregue, na próxima semana, ao primeiro secretário da Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio, que se comprometeu a encaminhar o pedido aos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Dilma Rousseff (Casa Civil).
A proposta também será enviada ao governador Roberto Requião para ampliar a luta em defesa da inclusão do trecho ferroviário no PAC. A comissão tem como membros o presidente da Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste, Samuel Gomes; o ex-governador Emílio Gomes; o coordenador de Logística da Fiep, Mário Stamm; e o diretor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo.
“Queremos fazer uma intervenção política para que o governo federal ouça as lideranças do Paraná, antes de licitar a concessão do trecho ferroviário entre Guarapuava e Ipiranga”, afirma o presidente da Ferroeste. O trecho em questão, projetado pela ALL (América Latina Logística) e a construtora Andrade Gutierrez, está previsto no PAC e deverá demandar investimentos de R$ 500 milhões através de uma Parceria Pública Privada.
A proposta defendida pelas entidades prevê a ligação da Ferroeste de Guarapuava e o terminal Engenheiro Bley, no município da Lapa. O custo estimado é de aproximadamente R$ 550 milhões e encurtaria em cerca de 86 quilômetros o percurso dos vagões e locomotivas até chegar ao Porto de Paranaguá. “Neste caso a Ferroeste não aumentaria sua dependência da iniciativa privada, por isso a necessidade desta luta ser levada à frente o quanto antes”, alerta Samuel Gomes.
Segundo Gomes, o projeto de engenharia da obra já existe, o que falta agora é um estudo de viabilidade. “Se não nos apressarmos, corremos o risco de ver perdido todo o nosso esforço para construir a Ferroeste”, declarou o Emílio Gomes. O ex-governador, um dos principais defensores do transporte ferroviário do Brasil, lembrou ainda que a diferença no custo do frete rodoviário resulta em menos competitividade aos produtos do Estado.
De acordo com o coordenador de logística da Fiep, Mário Stamm, com a ferrovia o custo do transporte de produtos é quatro vezes menor. “Defendemos que esta obra seja executada o quanto antes, porque a ferrovia que tem hoje acaba atrasando a chegada das cargas ao destino em função das rampas e curvas muito acentuadas”, disse.
Participaram ainda do encontro na sede da Ferroeste representantes da Uniferro (União das Indústrias de Ferramentas), Associação dos Engenheiros da Rede Ferroviária, Associação Comercial do Paraná, Sindimafer, Cootrafer, Ocepar, Afepar (Associação dos Ferroviários de Paranaguá), BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e Instituto de Engenharia.
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