Britney Spears faz playback durante 1h30 em show em São Paulo


Cantora só usou a própria voz para conversar com a plateia de 30 mil pessoas no Anhembi

Augusto Gomes, iG São Paulo

Britney Spears subiu ao palco da Arena Anhembi nesta sexta (18). Falou algumas palavras ao público, distribuiu sorrisos, dançou com um fã, trocou várias vezes de roupa. Mas não cantou. Não que isso seja alguma novidade: até os admiradores mais ardorosos da artista admitem que ela faz playback


Em sua defesa, os fãs dizem que a prática é comum na música pop. É verdade. Mas alguém que não cante em nenhum momento sequer do show, como Britney fez em São Paulo, é raridade. As únicas vezes em que se ouviu a voz de verdade da artista foram nas conversas com a plateia.

Essas rápidas palavras trocadas com o público deram outro argumento a favor do playback. Afinal, se Britney conseguiu soar esganiçada, talvez não cantar seja mesmo uma decisão acertada.

Outra justificativa dos fãs para o playback é que é difícil para qualquer pessoa cantar enquanto dança. Mais uma vez, é verdade. Mas o problema é que, na maior parte do show, a dança de Britney se resume a andar de um lado para outro do palco. A coreografia exige bem pouco dela.

Por que pagar até R$ 600 (preço de um ingresso da pista premium) para ver uma cantora que não canta? A explicação é simples: Britney é uma celebridade. E o que o público quer de uma celebridade, mais do que possíveis amostras de talento, é a sensação de proximidade.

O importante é estar perto do ídolo (ou nem tão perto, no caso de quem comprou ingresso para a pista comum). Esse fenômeno, é óbvio, é norma nos shows de vários artistas. Mas o normal é que essa proximidade seja apenas um dos vários atrativos de uma apresentação. No caso de Britney, é o único.

Em todo o caso, foi o suficiente para deixar satisfeitas as 30 mil pessoas que ocuparam a Arena Anhembi nesta fria noite de sexta-feira. Após a apresentação, ouvia-se conversas aqui e ali sobre o playback, mas sem indignação ou muito menos revolta. Um comentário ouvido de passagem resumiu a impressão geral: "você esperava o que, que ela cantasse?".

A apresentação começou às 22h em ponto. Britney apareceu vestida de branco, "cantando" "Hold It Against Me", faixa de seu mais recente disco, "Femme Fatale" (também o nome do show). O público, animadíssimo, cantou (sem aspas) com ela todas as músicas desse primeiro bloco, que terminou com "Piece of Me".

O segundo bloco foi o mais fraco da noite, e nem o recurso de trazer um fã ao palco para ficar sentado enquanto a cantora dançava em seu redor conseguiu animar. As coisas melhoraram no terceiro bloco, que trouxe Britney usando um figurino egípcio e cantando "Gimme More".

No quarto bloco, a artista apareceu vestida de motoqueira para cantar o seu primeiro sucesso, "...Baby One More Time". Um pouco depois, foi a vez de outro hit, "I'm a Slave 4 U", talvez a música mais aplaudida da noite. Após "Womanizer", o show terminou.

Mas Britney, obviamente, ainda voltou para o bis. Foram só mais duas canções, "Toxic" e "Til the World Ends". Após 1h30 de playback, o show estava encerrado.

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